Um tempo atrás eu contei aqui sobre as frases mais engraçadas que a Clarinha falou na época.
Agora o post das pérolas da nossa menininha está de volta, recheado de raciocínios e tiradas que, eu juro, não sei onde ela aprende. Mas, afinal, essa é a graça das pérolas de criança: nós nunca esperamos por elas!
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Passando em frente a uma concessionária de veículos, Clara olha e diz:
– Mãe, você sabe como chama essa loja?
Eu, curiosa pra ouvir o que viria em seguida:
– Não sei, como chama?
– Carro zero!
– Ah, é? E o que vende nessa loja?
– Ué, mãe, vende carro usado!
(de fato, era uma concessionária de seminovos, então ela não estava de todo errada)
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Esses dias falando sobre a vida:
– Mãe, eu quero ser grande logo!
– Por que, filha?
-Pra pode usar a tesoura, mãe! Vou ser grande, usar a tesoura, depois fico pequenininha de novo. Vou ser grande pequenininha, grande pequenininha, grande pequenininha…Entendeu?
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Passávamos uns dias na casa dos meus pais, quando a Clara quis ligar pro papai em casa. Expliquei que ele não estava em Londrina, pois já tinha voltado pra cidade onde trabalha. Eis que ela solta:
– Ah, ééé? Ué, eu não vi no Facebook!
(oi?)
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Clara (des)penteia meu cabelo, joga pra lá e pra cá e no fim do “trabalho” olha pra mim e diz: –
– “Nossa mamãe, ficou ‘inquívol’!!”
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Era domingo e estávamos no restaurante. Como ela sabia que, quando chegássemos em casa, iríamos tirar nosso cochilo de todo domingo a tarde, já foi preparando o terreno (ou melhor, a cama), para o que estava por vir…
– Mamãe, você já é uma mocinha, tem que dormir na sua cama!
– Isso mesmo. E você também já é mocinha, né…
– É, por isso eu também durmo na sua cama!
Espertinha, né?
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Clara veste o pijama e eu pergunto:
– Você lembra quem deu esse pijama de presente pra você?
– Não, quem?
– A bisa
– Qual bisa? Aquela das pernas “ixtagadas”?
{Pra quem não lembra ou não leu o primeiro post das pérolas da Clara, a bisa tem um problema de saúde que causa dor nas pernas – e já havia sido “tirada” pela Clara anteriormente, com sua típica inocência}
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Clara pega um papel e começa a fazer uma das coisas que mais gosta: brincar que é a professora
– Hoje a gente vai contar a história do puccake (cupcake). O puccake é muito bagunceiro, ele jogou tudo o leite no chão, depois jogou o copo também. Aí o puccake saiu correndo da mãe dele e ela ficou muito, muito brava com ele. Sabe o que a mãe do puccake fez? Pegou o perfume da Barbie dele e jogou tudo fora!
Fim! Quem gostou da história de hoje?
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Vou buscar a mocinha na escola. Na volta pra casa ela, como sempre toda tagarela, começa:
– Mãe, sabia que a gente vai fazer uma árvore de Natal?
Logo em seguida, ela completa, sussurrando beeem baixinho:
– Mas a tia disse que é surpresa, não pode contar pra ninguém, nem pra mamãe.
– Ih, mas agora você já contou. Quem vai fazer essa árvore mesmo?
– Ninguém, manhê! Ninguém vai fazer árvore de Natal! É segredo!
Como não amar essa mocinha falante de três anos? rs
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