Home Vida de MãeConfessionário {Confessionário} O trabalho e a saudade

{Confessionário} O trabalho e a saudade

Quando tomei a decisão de voltar a trabalhar após a licença maternidade – ou melhor, de não parar de trabalhar – havia pensado muito no assunto. Durante os quase cinco meses que fiquei em casa com a Clara, tentei colocar todos os prós e contras de voltar ao trabalho e cheguei à conclusão de que seria melhor, se não agora, pelo menos a médio e longo prazo, que eu retornasse. E até que não achei muuuuito difícil, como já havia comentado aqui, principalmente por ela ter ficado em casa com o Junior no início e eu ter a certeza de que estava sendo muito bem cuidada.

Mas preciso confessar que tem dias em que desejo muito ficar em casa, cuidando dela, dando mais atenção e aproveitando essa fase tão gostosa que ela está vivendo. Quando ela está acordada de manhã, na hora de sair, fico com o coração apertadinho por não poder ficar lá, brincando com ela. E quando ela sorri e “conversa” comigo então…pior ainda! Quero agarrá-la e não soltá-la nunca mais!

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Nessas horas, tento pensar que eu tomei a decisão correta e que meu trabalho também é uma parte importante da minha vida. Afinal, agora eu trabalho pra tentar garantir um futuro melhor pra ela também.

 

Não é fácil, mas não deve ser fácil pra nenhuma mãe que trabalha fora e tem que deixar seus filhos durante o dia todo. Por isso eu tento aproveitar cada minutinho que tenho com ela, embora às vezes ache que não é o suficiente. Tem dias que ela vai dormir cedo e nem dá tempo de brincar muito, de apertar e de beijar muito.

 

Fico com saudade até mesmo de dar banho, trocar a fralda… Agora raramente faço isso durante a semana, porque é tudo muito corrido. E os finais de semana parecem passar tãão rápido. Às vezes até fico pensando que ela vai deixar de me “dar bola”, que vai gostar mais da babá do que de mim, que pode achar que eu não a amo mais como antes. Pior ainda é o medo dela descobrir que vive muito bem sem a minha presença..rs

Como vocês podem ver, a crise-existencial-da-mãe-trabalhadora aqui bate forte de vez em quando…rs Mas depois passa…e depois volta. A única certeza que tenho, e o que me conforta nos momentos de dúvidas, é que faço tudo pensando no melhor pra ela e que errar em algumas decisões faz parte do processo de aprendizado. Torço pra que, quando começar a entender, ela também pense assim.

Beijos,

Mari

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