{Confessionário} Mãe chorona

Eu sempre fui apaixonada por crianças, desde que eu era uma. Também sempre fui emotiva, por mais que procure sempre não demonstrar muito (o que não é necessariamente uma qualidade, a meu ver).

Mas depois que eu me tornei mãe, me tornei também uma mulher ridiculamente chorona. Lembro que quando a Clara era recém nascida, perdi as contas de quantas vezes me vi chorando olhando pra ela. Ela estava dormindo, eu chegava perto do berço, ficava admirando e chorava, pensando o quanto ela era linda. Quando estava amamentando, pensava o quanto aquilo era mágico e como eu era abençoada por poder viver aquilo…e chorava! E ainda choro às vezes.

Notícias sobre bebês abandonados ou maltratados (que infelizmente vivem surgindo por aí) sempre me deixaram impressionadas. Mas depois da Clara, elas me deixam chocada, revoltada e muito, muito triste. Me fazem chorar (ou pelo menos encher os olhos d’água) quase sempre. Não consigo imaginar como alguém, uma mãe acima de tudo, pode fazer isso com um filho.

Até propagandas de fralda me fazem chorar. Basta ter uma história sobre pais e filhos, falar sobre o amor dessa relação ou sobre a pureza e a alegria das crianças e pronto! Olha, pra falar a verdade, dependendo do caso, até entrega de casa no Programa do Gugu tão me fazendo chorar ultimamente…

E a esta altura você deve estar pensando: “Mas que boba!”. Pois é, eu também acho. Mas vou te falar: não to vendo problema em ser assim não.