Home Gravidez Dez sinais de que você se tornou (ou está se tornando) uma ativista do parto humanizado

Dez sinais de que você se tornou (ou está se tornando) uma ativista do parto humanizado

Uma noites dessas, em um momento raríssimo de insônia, fiquei pensando em como eu mudei minhas ideias com relação ao parto nos últimos dois anos. Felizmente, pude ler e me informar muuuito mais sobre o parto humanizado nesse tempo e isso me abriu os olhos pra muitas coisas que antes passavam batidas. Infelizmente, isso só aconteceu depois que eu caí na conversa do médico cesarista que me impediu de tentar o parto que eu desejava, mas não tanto assim à época.

Por isso, tenho tanta vontade de falar “umas coisinhas” pras grávidas de primeira viagem quando vejo que elas estão indo pelo mesmo caminho que eu fui na gestação da Clara. Não é uma questão de “cada mulher tem direito a ter o parto que quiser”, isso é indiscutível a meu ver, mas é uma questão de que com falta de informação correta, a mulher pode nem chegar a saber o que de fato ela quer e, principalmente, o que merece pro seu parto.


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E aí, no meio dos pensamentos, comecei a lembrar das coisas que aprendi e do que, subjetiva ou objetivamente, mudaram em mim. Dessa análise, surgiu a lista a seguir, pra quem se interessar (ou se identificar) possa:

Dez sinais de que você se tornou (ou está se tornando) uma ativista do parto humanizado

Imagem daqui
1) Arrepende-se da cesárea desnecessária do passado ou não consegue pensar em uma forma melhor pro seu filho nascer do que de maneira natural e respeitosa;
2) Assiste muitos, muitos vídeos de partos normais e se emociona com todos. Mas tem vontade de chorar mesmo é quando vê a foto ou vídeo do baby da amiga (ou o seu mesmo), segurado pelo médico como se fosse um frango prestes a ser abatido, logo após ser arrancado da barriga da mãe pelo obstetra fofinho que garantiu que “ele já estava pronto”;
3) Sabe o significado das siglas PD, PN, DPP, LM, LD, PNH e por aí vai;
4) Sente arrepios só de ouvir falar em episiotomia, manobra de Kristeller, sorinho, mãezinha, nitrato de prata, água com glicose, “na hora a gente vê isso”, “não tem dilatação”, “o bebê é muito grande”, “o cordão tá enrolado no pescoço”,  “a cesárea é super tranquila” ou “eu não sou menos mãe porque não tive um parto normal”;
5) Assina tudo quanto é petição, abaixo assinado, carta, manifesto que defenda os direitos das mulheres e mudanças no sistema de atendimento ao parto;
6) Foi ao cinema assistir “O Renascimento do Parto” e saiu de lá querendo levar todo mundo pra ver também;
7) É vista como a chata das redes sociais pelos colegas, já que vive postando notícia de parto, pesquisas sobre parto, foto de parto, vídeo de parto e falando de parto;
8) Não resiste em comentar – e polemizar – os posts das amigas grávidas comemorando o agendamento da cesárea e/ou justificando a escolha com argumentos toscos;
9) Ganhou meia dúzia de amigos nas rodas de conversa sobre parto normal e perdeu outra dúzia que não pode nem ouvir falar do assunto;
10) Leu esse post e se identificou com pelo menos uns 7 sinais.
A minha pitica (nascida de uma cesárea eletiva e desnecessária) já aderiu à causa 🙂
 
Foto: Coruja Madrinha

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26 comments

amigas amiga 18 de novembro de 2013 - 4:43 pm

amiga então to longe]

eu assisto video

leio muito sobre

mais não chego a tanto

linda tarde

bjs

Ser Mamãe Pela Segunda Vez

Google+Nanda

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Paola 20 de novembro de 2013 - 7:31 pm

Muito eu!

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Bia Hope 20 de novembro de 2013 - 10:47 pm

Mas a técnica de Kristeller também é feita no pn… Não é?

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Danyelle Santos 20 de novembro de 2013 - 11:22 pm

É nós! hahahaha
Tô te adicionando ao meu blogroll!

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Lulli Lucena 20 de novembro de 2013 - 11:37 pm

oia,mais uma!

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Ana Luiza Souza 21 de novembro de 2013 - 11:00 am

Nem sabia que eu era ativista!!!!! rsrsrsr

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Tanigua Valle 21 de novembro de 2013 - 1:09 pm

ameiiiiii! Sou como vc!

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paula bernardes 21 de novembro de 2013 - 1:19 pm

sou eu!!

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Débora Barboza 21 de novembro de 2013 - 3:04 pm

Éh…. semana passada morreu um bebê que ia ser afilhado de uma conhecida minha pq a médica insistiu em parto normal sendo que a bolsa ja tinha estourado e a mãe não tinha dilatação, tomou soro e mais soros para dilatar. O bebê nasceu praticamente morto, foi direto para UTI e algumas horas depois veio a falecer. Se tivesse feito a cesárea a mãe estava ai feliz da vida curtindo seu bebê mas agora tem que conviver com a dor de perder um filho por incompetência da obstetra “humanista”.

Quando há a possibilidade de um parto normal é excelente, eu queria um parto normal mas acima de tudo não quis nem por um segundinho arriscar a vida da minha filha e não me arrependo da cesárea =]. Minha filha nasceu com 40 semanas e 5 dias

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LUZANI 21 de novembro de 2013 - 3:36 pm

EU TIVE A MINHA FILHA DE PARTO CESAREA ACHO QUE FIZ CERTO POIS O PARTO PRA SER NORMAL TEM QUE SER NORMAL COMO SE DIZ NAO E DEIXAR A MAE SOFRENDO DE UM DIA INTEIRO O A

NOITE INTEIRA ACHO QUE NAO E NORMAL AINDA MAIS AS MAES QUE FAZ DE TUDO PRA TER O PARTO NORMAL E NAO DA AI E DOIS SOFRIMENTOS PRA MAE E PRO FILHO.

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Monique 21 de novembro de 2013 - 5:20 pm

Maravilhosoooo seu texto adorei…
E viva as índias,malucas,masoquistas e do que mais queiram nos chamar…

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Manuh 22 de novembro de 2013 - 1:02 am

Infelizmente AINDA é…

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Manuh 22 de novembro de 2013 - 1:04 am

Me identifiquei com tudo, menos com o arrependimento por uma cesariana desnecessária. Não tive uma, tive um parto repleto de violências obstétricas, o famoso parto anormal, e de fato não consigo conceber a possibilidade de qualquer outra forma de trazer um filho ao mundo que não seja em um parto respeitoso em ambiente acolhedor!

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Jéssica Paloma Cosmos 22 de novembro de 2013 - 11:15 am

eu tava nessa mesma marcha que vc!! aqui em Londrina e me identifiquei com quase todos… quase pq consegui meu PN sem episio/soro/kristeller etc 🙂 e tbm perdi várioooos amigos e ja entrei em várias ”brigas”

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Débora Barboza 22 de novembro de 2013 - 1:18 pm

concordo com vc. Conheço muita gente que sofreu dois partos em um, minha mãe mesmo passou por isso. Parto normal tem que ser NORMAL

Quando estava grávida cansei de ouvir histórias e mais histórias sobre partos algumas lindas que me enchia de vontade de ter um parto normal, histórias em que a criança sai machucada e infelizmente histórias trágicas como essa que narrei no primeiro comentário.

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Aline Benites Torales 22 de novembro de 2013 - 8:44 pm

Débora Concordo com vc plenamente!A cesárea não é a vilã, logo não podemos trata-la como desumana. Louvado seja Deus pela cesariana que salvou, salva e tomara Deus que continue salvando a vida de muitos bebezinhos!

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Aline Benites Torales 22 de novembro de 2013 - 8:51 pm

Gente, muito bom saber que nem todas enlouqueceram!hahaha
As pessoas são tão egoístas que nem levam em consideração o sofrimento do nenezinho!
Devemos comemorar, brindar ao avanço da medicina, à cesariana…..Sou adepta do parto sem sofrimento para mamãe e bebês!

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Giovana Breveglieri 26 de novembro de 2013 - 10:08 am

Sou muito a favor da informação sobre parto normal na rede privada de saúde, na rede pública eu lamento profundamente a falta de humanização no maioria dos ditos profissionais que lá trabalham…

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MariellaSilva 27 de novembro de 2013 - 11:52 am

Aline e Débora, tudo bem? Pra responder às colocações de vocês, coloco aqui um pequeno texto postado pela Lígia, do Blog Cientista que Virou Mãe, que ajuda a esclarecer o que é um parto humanizado e o que NÃO É:

“Se você não recebeu atendimento digno; se você recebeu ocitocina sintética (“sorinho”) sem ter sido consultada; se você não foi esclarecida e acolhida em seu trabalho de parto; se você não recebeu cuidados e amparo necessário; se foi deixada sozinha; se foi ofendida por profissionais; se foi tratada com desdém; etc etc etc, entenda: VOCÊ NÃO VIVEU UM PARTO HUMANIZADO. JAMAIS! Assim, se algo de ruim aconteceu com você ou com seu bebê, você só vai conseguir justiça de responsabilizar a quem de direito. Não a um tipo de parto que sequer viveu! Quem vive um parto humanizado não sai traumatizada. Partos humanizados não matam. Má assistência da equipe, negligência e má conduta médica sim. Matam. Estão matando muito mais do que tem sido divulgado. Volte-se contra quem está contra você. Não contra quem está lutando para que mais ninguém morra. Mães ou filhos.”

Ou seja, ninguém que defende o parto humanizado condena as cesáreas necessárias, aquelas que salvam vidas, que são essenciais pra preservar bebês e mães. Um parto normal forçado, sem a assistência adequada, com equipes e hospitais despreparados e que não respeitam os desejos das mães, NÃO É UM PARTO HUMANIZADO!
É importante se informar pra não sair disseminando informação incorreta por aí, seja em defesa de qual parto for.
Abraço,
Mari

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MariellaSilva 27 de novembro de 2013 - 11:57 am

Luzani, só acho importante salientar que os conceitos de “dor”, “sofrimento” e afins são muito relativos. Apesar de não ter passado pela experiência do trabalho de parto na minha primeira (e única até agora) gravidez, acredito que quando a mulher é preparada e recebe o apoio adequado durante o pré natal, a dor do trabalho de parto e parto é encarada de uma outra forma. Afinal, tá cheio de casos de mulheres que ficaram 12, 24 horas ou mais em trabalho de parto e são muito felizes com seus partos, fariam tudo de novo. Por isso que não basta apenas defender o parto humanizado, é preciso que TODO o atendimento à gestante seja humanizado, desde o princípio.
Abraços,
Mari

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MariellaSilva 27 de novembro de 2013 - 12:02 pm

Oi Priscila
Na verdade, eu também não saio por aí comentando e polemizando todas as histórias de cesáreas não (embora em alguns – poucos – casos a vontade de “abrir os olhos” de algumas amigas seja mais forte que eu..rs). Na verdade o que eu quis dizer é que, muitas vezes, iniciar esse assunto com pessoas que nunca souberam o que é um parto humanizado pode sim fazer a diferença na história delas. Acho que penso assim porque, no meu caso, gostaria que alguém tivesse me aberto mais os olhos pra essa possibilidade durante a minha gravidez. Mas concordo com você que polemizar não ajuda em nada, informação sim.
Beijo,
Mari

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MariellaSilva 27 de novembro de 2013 - 12:05 pm

Oi Jéssica, que legal. Essa foi a primeira marcha da qual participei, achei muito bacana. Que bom que você tenha conseguido o parto que desejou – e todas merecem. Infelizmente, isso ainda é raridade, né? Espero que a gente consiga mudar essa realidade.
Beijo,
Mari

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MariellaSilva 27 de novembro de 2013 - 12:07 pm

Manuh, infelizmente muitas mulheres – quando não são levadas a uma cesárea eletiva – são submetidas a esse tipo de parto normal que está longe de ser humanizado. É por isso que se bate tanto nessa tecla do respeito às necessidades e desejos das mães e bebês e da abolição desses procedimentos “padrões” cuja necessidade não tem comprovação científica nenhuma. Que a gente tenha partos melhores no futuro!
Abraço,
Mari

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Suellen 7 de dezembro de 2013 - 8:42 pm

amei o texto!! muito bom mesmo.

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Lidiane 11 de janeiro de 2014 - 2:31 pm

Débora, Sem todas as provas na mesa, fica difícil responsabilizar o parto pelo falecimento de um bebê. Talvez tenha sido necessário mesmo uma cesárea, talvez não.
Mas o mais importante é esclarecer: o que mata os bebês é o mal atendimento ao parto, não a via de parto. O parto por si só não mata ninguém.
E ainda tem um outro ponto, que apesar de ser doído, ninguém quer ouvir / acreditar / pensar: fatalidade. Fatalidades acontecem. O que é pra ser seu, ninguém passa por você.

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Talita Maia Araujo Perdão 11 de janeiro de 2014 - 4:20 pm

aline o que te faz pensar que uma cesárea não traz sofrimento para mães e bebês? O que te faz pensar que tirar o BB antes do tempo dele é mais saudável do que ele vir naturalmente? A verdade é que os casos que realmente precisam de cesárias não são a maioria. As mulheres estão sendo tratadas como se não fossem capazes de parir, como se não tivessem este poder. Mas temos! Tem tanto material na net pra vc se informar melhor…procure saber da verdade sobre cesáreas necessárias e desnecessárias e sobre partos humanizados.

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