Home Dicas de MãeViagem com Criança A primeira viagem dos pais de primeira viagem – Pé na estrada

A primeira viagem dos pais de primeira viagem – Pé na estrada

No primeiro post da série {A primeira viagem dos pais de primeira viagem} você aprendeu como preparar as malas para a aventura de passar uns dias fora de casa com um bebê a tiracolo. Ali você descobriu que o caos começa bem antes de você botar o pezinho fora de casa. Agora, se mesmo depois de saber disso tudo você continua firme e forte na ideia de viajar com seu filho, sente-se aí e vem ver o que te espera na viagem propriamente dita.

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Vai viajar de carro? Seu desafio agora é fazer caber toda aquela tralha que você separou no porta-malas. Provavelmente você não vai conseguir e vai descobrir que em cada cm² do seu automóvel pode caber alguma coisinha. Veja e reveja a posição do bebê conforto/cadeirinha do bebê no banco. Coloque o protetor de luminosidade no vidro, o DVD acoplado ao encosto do banco da frente, numa posição perfeita pra que o bebê possa ver. O que sobrar de espaço dos bancos pode- e provavelmente necessite – ser ocupado com a bagagem que não coube no porta-malas. O mesmo vale para os espaços mais remotos, como embaixo dos bancos, no porta-trecos do automóvel e, óbvio, nos pés do passageiro.

Se for viajar de avião ou de ônibus, tente pegar apenas o essencial pra levar na bagagem de mão. Você provavelmente descobrirá que a frase “o essencial é invisível aos olhos” é ótima como legenda de foto no Instagram ou para colocar no seu perfil no Facebook, mas na prática, é totalmente equivocada. Pelo menos para os pais com o primeiro filho, o essencial é pesado, ocupa espaço pra cacete e é difícil de carregar. Por isso a missão de ser sucinta com a bagagem de mão é tão difícil, embora tão necessária. Vencido esse desafio, é hora de partir para o próximo, talvez o mais difícil de todos: entreter o pequeno herdeiro durante todo o trajeto!

Se estiver viajando de carro, obviamente você já deve estar sentada ao lado do bebê conforto no banco de trás. (Se não estiver, sugiro que pule pra lá o quanto antes). Em caso de viagens longas, sugiro programar paradas a cada duas horas, no máximo. A menos que você tenha sorte de ter um bebê que durma feito um anjo quando está andando de carro – eu tive essa sorte algumas vezes – você vai precisar de vários pit-stops pra alimentá-lo, tirá-lo um pouco do bebê conforto e tomar um fôlego pra próxima etapa da viagem. Ninguém melhor do que você pra saber qual o horário da próxima mamada e troca de fraldas, então tente esquematizar essas paradas conforme essas necessidades.

Mesmo assim, tenha consciência de que imprevistos acontecem e que bebês não vieram ao mundo exatamente pra facilitar a vida dos progenitores. Você verá isso na prática quando o rebento começar a berrar inesperadamente, exatamente naquele ponto da estrada onde não existe acostamento e o posto mais próximo está a quilômetros de distância! Aí será a hora de testar todo o seu arsenal de gracinhas, argumentos, músicas infantis e paciência. Se a situação ficar desesperadora – e você for uma mãe habilidosa – vale até sacar a peitchola pra fora e amamentá-lo ali mesmo no bebê conforto, com o carro em movimento (melhor isso do que tirar o bebê da sua cadeirinha, a segurança dele em primeiro lugar). Juro, tenho amigas que já fizeram isso e solucionaram o problema do choro, confusão e gritaria em poucos minutos.

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As dicas são praticamente as mesmas se você estiver viajando de avião, de ônibus ou de trem. A diferença é que no avião não tem parada pra trocar de fralda ou alimentar o bebê, o que vai exigir certa habilidade em contorcionismo quando precisar fazê-lo. Além disso, lá, a milhares de metros de altura, distrair um bebê acordado pode ser ainda mais difícil. Esteja preparada para olhares de estranhamento, ódio ou pena vindo dos demais passageiros. Se o voo for longo e a criança já se alimentar de algo além do seu leitinho, não tenha vergonha de levar marmitinhas pra ela. Não dá pra confiar muito no menu das companhias aéreas e de todos os choros do mundo, provavelmente o mais desesperador seja o de fome. Você não quer ver seu filho se matando de berrar porque não tinha nada do que ele gosta ou está acostumado pra comer, né?

Resumindo,  seu desafio durante a viagem com um bebê é o mesmo dos outros dias da sua nova vida: mantê-lo alimentado, limpo e tranquilo. Se possível, dormindo profundamente!

A primeira experiência pode ser amedrontadora, mas com o tempo vocês se acostumam. E depois, nada como os perrengues no destino da viagem pra fazer você esquecer dos perrengues do percurso.

Mas isso é assunto pra outro post…

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