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Pós parto: minha experiência com a cesárea

Quando tive a confirmação de que a Clara viria ao mundo por meio de uma cesárea, minha principal preocupação não era necessariamente a cirurgia (claro que isso me dava um certo medo também) mas sim o pós parto. Ouvi histórias ótimas de amigas que haviam passado por isso, mas também ouvi relatos horríveis de outras que tiveram complicações e que sofreram bastante depois do parto.

Então hoje resolvi contar um pouco sobre como foi a minha experiência. Como disse no post anterior sobre o parto tive um pequeno problema com a anestesia da cesárea, o que fez com que eu tomasse duas agulhadas. Logo após a cirurgia, a recomendação do meu obstetra e do anestesista foi que não levantasse a cabeça de jeito nenhum, pois o risco de ter dor de cabeça era maior do que pra maioria. Foi o que eu fiz, a cesárea foi às 11 da manhã e eu fiquei deitada, quietinha, até umas 9 da noite. Felizmente, não tive dor de cabeça. Em compensação, no dia seguinte tive uma dor muscular forte no ombro por causa da posição que eu fiquei para amamentar deitada na cama. Sentia umas ferroadas dependendo de como me movimentava e aquilo me incomodou bastante.  Mas tomei um remedinho que o meu médico indicou e em algumas horas já estava bem melhor.

Como lá no hospital eles não usavam sonda, só fui fazer xixi também a noite, o que também causou um certo desconforto. Acredito que por medo da dor, acabei ficando looongos minutos no banheiro, sentindo a bexiga cheia, mas sem conseguir fazer uma gotinha de xixi sequer…rs Só depois de algum tempo, finalmente, consegui e nem doeu como eu temia.

Já quando o efeito da anestesia passou completamente eu tive um pouco de dor no abdome e no local do corte. Nas primeiras vezes que levantei da cama para caminhar pelos corredores – por recomendação do médico e das enfermeiras – tinha uma sensação bem estranha, como se todos os meus órgãos estivessem soltos e “balançando” dentro da barriga (na verdade, é meio isso que acontece com a gente depois do parto mesmo..rs) e como sentia também um pouco de dor, chegava a andar curvada, com medo de “esticar” a barriga.

No hospital, fiquei tomando remédio constantemente para dor (como é de praxe nesses casos) e dois dias depois, quando recebi alta, já não sentia aquele desconforto constante.

Agora, não dá pra dizer que foi tudo super tranquilo. Nos primeiros dias em casa – por umas duas ou três semanas, na verdade – sentia bastante dor pra deitar e levantar da cama ou fazer qualquer movimento que forçasse a região da barriga – e nessas horas você descobre que não são poucos os casos. Foram alguns dias sem tossir, sem espirrar e até sem assoar o nariz. Além da dor que eu sentia, também tinha medo, por que a impressão que dá é que os pontos vão abrir a qualquer momento.

Apesar disso eu deixei de fazer pouca coisa por causa do desconforto. Algumas vezes até fiz esforço demais, o que me rendia uma dorzinha maior no final do dia, mas acho que estava tão determinada na minha nova função de mãe que até esquecia da dor. Segundo a minha mãe, que ficou em casa nos primeiros 15 dias, eu me saí muito bem, muito melhor do que ela esperava até! Fiquei feliz em ouvir isso…hahaha

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No final das contas, acredito que minha recuperação tenha sido rápida, apesar de no início achar que aquela dor e incômodo não passariam nunca rs . Por isso, hoje digo pras minhas amigas que o pós-parto não é nenhum bicho de 7 cabeças se você se cuidar e estiver disposta a enfrentar os perrengues em nome do amor pelo seu filho. Claro que em algumas situações, quando há complicações, a coisa muda de figura mas, de maneira geral, acredito que toda mulher é capaz de passar por isso sem grandes traumas.

E você, como foi seu pós-parto? Conte pra gente aqui nos comentários do post.

Beijo,

Mari

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