Na última quarta-feira eu vivi a tão temida volta ao trabalho depois da licença maternidade + férias (um total de 4 meses e meio, mais ou menos). Estava bem apreensiva, confesso. Primeiro porque nas últimas semanas estava quebrando a cabeça para decidir o que faria com a Clara quando precisasse voltar, se deixaria em um berçário ou contrataria uma babá.
Como o Junior (o namorido) vai passar a semana toda fora trabalhando e eu, por medo, não dirijo (pretendo ainda resolver isso), achei melhor deixá-la em casa com alguém , pois se tivesse que levá-la e buscá-la todo dia ficaria bem difícil essa logística. Aí entra a difícil missão de encontrar alguém de muita confiança pra ficar com o seu bem mais precioso sozinho em casa o dia todo. Eu não queria ter de recorrer a agências de babás, procurava alguém que fosse indicado por pessoas que eu conheço. Depois de procurar e perguntar para muita gente, minha sogra felizmente encontrou a Rose, que cuidou das minhas sobrinhas (gêmeas) durante dois anos em São Paulo e que estava saindo do emprego, onde ficou durante 5 anos. Pronto, com alguém de confiança, com ótimas referências e bastante experiência com crianças, pude, finalmente, ficar mais tranquila.
Surgia então a minha segunda preocupação: a amamentação, pois pretendo continuar amamentando e dando mamadeira quando não estiver em casa. Há alguns dias, vinha tentando fazer a Clara se acostumar à mamadeira, mas estava sendo um verdadeiro drama. Nas três primeiras tentativas, uma com leite materno e outras duas com leite artificial, ela não quis nem saber. Chorou, empurrou o bico da mamadeira, cuspiu todo o leite e não mamou nada.
No domingo passado, minha cunhada estava aqui e tentou dar a mamadeira pra ela, com ela meio dormindo. E ela pegou! Fiquei super feliz, né, achando que meu problema estaria resolvido. Doce ilusão. No dia seguinte, quando pedi pro Jr tentar (porque li que talvez quando é a mãe a dar, eles sentem nosso cheiro e aí querem mamar no peito), adivinhem? Nada feito de novo.
Tentei várias mamadeiras e bicos (aliás, isso vale um post à parte, que escreverei depois), mas descobri que ela só pega mesmo quando quer, o que acabou acontecendo mais uma vez antes de quarta-feira, quando eu voltei ao trabalho. Como nas primeiras duas semanas quem vai ficar com ela em casa é o Jr (enquanto a Rose cumpre aviso prévio na outra casa), coube a ele a missão de alimentar a Clarinha durante a manhã e no meio da tarde, já que eu volto pra casa na hora do almoço pra amamentar.
No primeiro dia, ela não quis saber da mamadeira mas, surpreendentemente, ficou super tranquila, não chorou de fome nem nada. Ainda assim, fiquei preocupada, porque acho que é muito tempo para ela ficar sem mamar. No segundo dia, ela também não mamou na parte da manhã. Aí quando chegou a tarde, ela começou a ficar irritada, se recusou a mamar e o caos foi total! O Junior me liga no meio da tarde dizendo que não sabia mais o que fazer pra ela pegar a mamadeira e parar de chorar. Nessas horas você percebe que ninguém, nem mesmo o pai, tem o mesmo tato e a mesma paciência para lidar com um bebê do que a mamãe.
Enfim, pedi pra ele dar um banho nela e continuar tentando. Depois de fazer isso – e dela chorar bastante – finalmente aceitou a mamadeira, para o alívio de todos. No terceiro dia, tudo foi mais tranquilo, ela dormiu quase a manhã toda e na parte da tarde, segundo o papai-babá, pegou a mamadeira “de boa”. Espero que de agora em diante ela se acostume mais com a ideia da mamadeira e que não dê muito trabalho.
Em meio a tudo isso, e apesar de tudo isso, minha volta ao trabalho foi mais tranquila e menos sofrida do que eu estava imaginando. Enquanto estava na agência tentei não pensar muito no que estava se passando em casa e até que consegui. Tenho certeza que o fato de saber que ela estava em casa, com o pai, me ajudou muito neste recomeço, mas creio que logo logo vou estar achando tudo normal e vou conseguir cumprir a “dupla jornada”, de mãe e profissional, numa boa. Até porque acredito muito que isso fará bem pra mim e pra Clara. Quando resolvi voltar a trabalhar, foi pensando no futuro dela também e acho que será uma decisão acertada.
Agora, falando sinceramente, o começo é bem difícil. Esse momento de nos separar da cria por algumas horas, todos os dias, é um daqueles que se a gente pudesse escolher, provavelmente adiaria por uns bons meses..rs Mas, no meu caso, não havia essa possibilidade, eu realmente precisava e já havia me planejado pra voltar ao trabalho após a licença maternidade, então o jeito foi encarar isso como mais uma missão e tentar não pensar muito no lado negativo, principalmente na saudade. Acredito que com o passar do tempo, com uma rotina em casa com a Clara e a babá já bem estabelecida, eu vou me sentir cada vez mais tranquila e tudo vai ficando mais fácil.
É o que veremos!
Qualquer dia volto aqui pra contar rs
Beijo,
Mari
2 comments
Oie flor!!!
Nossa, agora mesmo estava pensando sobre voltar a travalhar!! eu sou spicóloga, então não tenho prazo certo para isso acontecer, mas me preocupo desde já!
Pensei em voltar depois dos 6 meses, por conta da questão da amamentação, já que não quero dar mamadeira de jeito nenhum (medo dele não querer mais o peito e tmb dos problemas na face que a mamadeira pode gerar), mas sei que você não tem essa opção e talvez a mamadeira seja sua única solução.
Sobre a dúvida escola e babá, tmb me peguei pensando no assunto, a gente sempre que o melhor, mas nunca sabemos qual é, né?
Vai contando sobre como você faz para resolver tudo isso! Quem sabe me ajuda futuramente!
Bjao
MaH
Pois é Mah, no meu caso eu não tive muita escolha mesmo. Como não moro muito perto do trabalho, não daria pra ficar indo em casa amamentar de três em três horas, então tive que partir pra mamadeira. Por enquanto, felizmente, ela tá indo muito bem na mamadeira e no peito, espero do fundo do coração que continue assim…rs. E quanto à babá, logo conto como vai ser a minha experiência, tb espero ter tomado a decisão mais acertada para o momento. Beijão