Um mês se passou desde o meu último dia de aviso prévio. Dois meses desde o dia que experimentei pela primeira vez o medo, a ansiedade e o frio na barriga de pedir demissão. Não, essa não é a primeira vez que eu me vejo no papel da mãe que parou de trabalhar fora depois que a Clara nasceu, mas a experiência está sendo diferente dessa vez.
Dessa vez a escolha foi minha, a decisão foi planejada (até a página dois, mas foi) e por isso o peso da responsabilidade sobre ela também está sendo maior. Afinal, agora eu sou a mãe que parou de trabalhar fora por livre e espontânea loucura vontade.