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Parto prematuro – A História da Thais e da Heloisa

Hoje é o penúltimo dia da nossa semana especial de posts sobre prematuridade. E quem vai contar sua história é  a Thais Brandão. Em 2012, ela deu à luz aos 17 anos sua filha Heloisa, com 33 semanas e 5 dias de gravidez.

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Leiam a entrevista que eu fiz com a Thais e conheçam mais dessa experiência que ela teve que enfrentar tão nova.

 

Caderninho da Mamãe – Qual foi a causa para o parto prematuro?

Não tivemos alguma causa exata, a bolsa rompeu e eu fui para o hospital. durante a gestação não tive nenhum problema, foi uma gravidez tranquila.

CDM – Com quantas semanas de gestação ela nasceu?

Ela nasceu com 33 semanas e 5 dias

 

CDM – Quando e como você soube que ele iria nascer antes da hora?

Assim que a bolsa rompeu, eu levei um susto, fiquei realmente preocupada, pois sabia que ainda era muito cedo para ela nascer. Meu esposo ficou mais nervoso que eu, a família toda levou um susto! Ninguém esperava que ela fosse nascer tão depressa…

 

– Como foi o parto?

Graças a Deus consegui ter um parto normal, nunca quis fazer cesárea, e por incrível que pareça, o parto foi super tranquilo, doeu, claro que doeu, mas nada que não valesse a pena ao ver aquele rostinho lindo pela primeira vez.

 

CDM – Qual peso e tamanho dela ao nascer?

Ela nasceu com 43 cm e 2.080 kg, mas quando recebeu alta, saiu com 1.880 kg.

 

CDM – Ela precisou ficar internada além do tempo normal? Como foi o desenvolvimento dela após o nascimento?

Minha filha nasceu no domingo e recebeu sua primeira alta na sexta-feira, mas na segunda feira ela teve retorno, e ficou internada novamente, mas apenas para tomar banho de luz, pois graças a Deus ela já havia ganhado 300 gramas.

 

CDM – E sua recuperação do parto, como foi?

Minha recuperação pós-parto foi muito boa, sai da sala de parto andando e tudo mais, não tive nenhum problema decorrente do parto.

 

CDM – Como era a rotina nestes dias que vocês duas ficaram no hospital? Pôde ficar em contato direto com ela o tempo todo?

Como ela nasceu com dificuldade para respirar, assim que cortaram o cordão umbilical dela, já a levaram para a UTI do hospital, para que ela pudesse respirar com a ajuda de aparelhos. Além disso, ela só se alimentava por sondas e eu não podia visita-la com frequência, por conta dos riscos que ela e outros bebês corriam. Me lembro que eu saía na madrugada escondida do quarto para vê-la , pois havia receio que algo lhe pudesse acontecer ou até mesmo que a levassem do hospital. As enfermeiras da UTI não ligavam, mas as que ficavam nos quartos não gostavam, mas eu ia do mesmo jeito rsrs

CDM – E quando foram pra casa, havia cuidados especiais com ela, além daqueles que temos com todo recém nascido?

Nossa, depois que ela teve alta definitiva os cuidados eram redobrados! Ela não podia sair de casa para ir em lugares cheios, fechados, até 1 ano. O aleitamento também teve que se estender por conta da imunidade baixa. Ela também teve problemas com o intestino preso, ela não conseguia fazer cocô sozinha até os 6 meses e teve fortes cólicas até esse mesmo período. Quando o pediatra indicou a começar a dar a papinha, tínhamos que ter muito cuidado, pois ela engasgava facilmente com os alimentos. Ela também demorou para conseguir mamar no meu peito, tinha dificuldade para aprender a mamar.

CDM – Você acha que a adaptação então foi mais difícil por ela ser prematura?

Ela é a minha primeira, e por enquanto única filha, então foi tudo um pouco mais complicado. Eu tinha medo de pegá-la e machucar, de tão pequena que ela era! Tinha medo quando as pessoas iam visitá-la e passar alguma doença, como um resfriado, sei lá. Acho que eu fui uma mãe super protetora por conta disso.

 

CDM – E hoje, como está o crescimento e desenvolvimento dela?

Em relação ao desenvolvimento dela, posso dizer que ela continua apressada em tudo! Ela começou a virar com menos de duas semanas! Não tem paciência para nada! Ela faz acompanhamento pediátrico no HC na cidade onde eu moro (Londrina-PR), e sempre que vamos lá os pediatras me dizem que ela está super bem, tudo dentro da idade dela, hoje com 4 anos.

 

CDM – Após enfrentar todas essas situações, o que você diria para outros pais que estão passando por momento parecido pelo que vocês passaram?

Acho que os pais têm que confiar em Deus que vai dar tudo certo. No começo é meio assustador mesmo, a gente fica com medo do que possa acontecer, mas no final dá tudo certo! Filhos são sempre uma benção na vida da gente!

 

Thais, fiquei impressionada e feliz ao mesmo tempo por saber que você soube lidar com uma situação difícil como a de um parto prematuro sendo tão nova na época. Obrigada por nos contar sua história e experiência com isso. Que a Heloisa continue crescendo forte e saudável!

E pra vocês que têm acompanhado os posts desta semana especial, não deixem de ler o post de amanhã, que vai fechar com chave de ouro essa série que, pelo menos pra mim, foi de muita inspiração como mãe!

Beijo,

Mari

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