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Parto prematuro – A história da Regina e do Gabriel

Espero que vocês estejam gostando da nossa série especial de posts para lembrar o Mês da Prematuridade.

Depois de contar a história de duas mães que eu conheço pessoalmente, chegou a hora de conhecer a história do parto prematuro da leitora Regina Cardoso, mãe do Gabriel, que nasceu no dia 9 de fevereiro de 2012, com 30 semanas de gestação. A Regina e o Gabriel passaram por muitas provações e desafios, mas juntos venceram todos eles! Conheçam a história dela. Acho que, como eu, vocês também vão se emocionar.

 

Caderninho da Mamãe: Quando e como você soube que ele iria nascer antes da hora? O que você sentiu nesse momento?

Minha bolsa se rompeu com 26 semanas. Fiquei internada até completar as 30 semanas, pois ele era muito pequeno. Quando me falaram que iria ficar um mês internada o desespero tomou conta de mim,pois já havia perdido um bebê de 7 meses, mas entreguei nas mãos de DEUS. E assim um mês se passou e enfim o Biel nasceu, com 1,200kg e 36 cm.

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CDM – Como ele evoluiu após o nascimento? Precisou ficar na UTI?

Ele nasceu bem, porém depois vieram algumas complicações e ele precisou ficar entubado por conta de uma pneumotórax.

 

CDM – E como ficou a rotina com ele no hospital após você ter alta?

O dia da minha alta foi muito dolorido, pois eu iria deixá-lo. A chegada em casa foi dolorosa, no 4º dia depois da cesariana eu já fui para o hospital (observação: de ônibus), e aí começou a luta. Foram 53 dias de angústia, o coração parecia que ia saltar do meu peito, eu passava 12 horas no hospital. Ele não mamava, usava sonda pois ainda era muito pequeno e não tinha forças pra sugar. Mas eu acredito que a pior parte era quando eu ia pra casa: o sono era leve e muitas vezes quase não vinha, e se o telefone tocasse meu coração disparava. Eu tinha fé, mas também tinha receio. Mas sabia que lá ele estava bem cuidado, na UTI Neonatal que ele estava tinham ótimos profissionais e tratavam todos os pequenos com muito carinho.

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O tempo foi passando devagar, ele pegava peso e cada dia era uma vitória, até quando chegou o grande dia. Numa sexta feira ele estava com 1.500 kg, alta prevista com 2.000kg, passei o dia no hospital. No outro dia me levantei mais cedo, arrumei a bolsa dele, tomei café e fui. Quando cheguei no hospital era de rotina as 08:00 passar a pediatra para pesar e pra minha surpresa o Biel tinha ganho 500gr,  para honra e gloria do Senhor! Isso significava que ele estava de ALTA! O dia mais feliz da minha vida tinha chegado!

 

CDM – Quando foram pra casa, como foi a adaptação?

As preocupações não pararam por aí, mais uma luta me esperava. O Biel não conseguia mamar no peito, pois era muito pequeno, não tinha forças pra sugar, tudo tinha que ter um cuidado especial. O tempo foi passando e eu comecei a perceber que algo estava errado, pois ele não ganhava peso e não crescia bem. Minha mãe conseguiu uma vaga para ele no postinho do Albert Einstein, na comunidade de Paraisópolis e foi quando veio a descoberta: o Biel é portador da síndrome de Silver Russel,(retardo do crescimento).

 

CDM – E como você encarou essa notícia?

No começo foi difícil pra mim, mas hoje eu sei que DEUS sabe de todas as coisas e que eu tenho que passar por isso, tenho que ser forte e lutar pelo meu filho.

 

CDM – Você teve outra filha depois  do Gabriel, como foi essa segunda gravidez?

Quando o Biel estava com um ano e oito meses eu engravidei de novo. Loucura sim, mas aconteceu, não me cuidei como deveria. Mas a maior preocupação era: “será que a bebe também vai nascer com a Síndrome?”. Foi nessa época que também descobri que tenho heterozigose (nossos cromossomos não são compatíveis). Mas minha princesa nasceu perfeita para gloria do Senhor!

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CDM – O que você aprendeu com toda essa experiência? O que diria pra outras mães na mesma situação que você passou?

A palavra é FÉ. Eu aprendi que tudo é no tempo de DEUS. O que tiver que ser será.

 

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Não é comovente ver a força de uma mãe diante de uma experiência extrema como essa? Não me canso de dizer: mãe é bicho valente, às vezes mais valente do que ela mesma imagina.

Obrigada, Regina, por dividir sua história comigo e com todos os leitores do blog. Que Deus continue abençoando você e sua família linda!

 

Beijos,

 

Mari

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