Me lembro quando era criança, com meus 10 ou 12 anos (naquela época as crianças ainda eram crianças com essa idade) e pensava em uma mulher de 30. Na minha cabeça, formava-se a imagem de uma pessoa experiente, que já tinha vivido muito e conseguido o que tinha pra conseguir na vida. Ou seja, uma pessoa com uma vida chata e sem muitas expectativas.
Agora, 17 anos que eu nem vi passar direito mais tarde, cá estou eu à beira dos 30. Acabo de completar 29 anos. Vin-te-e-no-ve! Fecho os olhos e ainda posso me lembrar da minha adolescência no colégio, da surpresa de passar no vestibular e das músicas que faziam sucesso nas rádios quando vim morar em Londrina, 10 anos atrás.
Mas aí você me diz: “é claro que você se lembra, nem se passou tanto tempo assim!”. E é verdade. Como eu disse, eu nem vi esses 29 anos passarem. Apesar de ter vivido muita coisa, sei que poderia ter vivido ainda mais. Se não fosse tão medrosa, tão tímida, tão precavida, tão, tão, tão.
Mas tudo bem, estou satisfeita com o que passou em baixo dessa ponte até agora. Estou feliz por não ter saído tudo como eu imaginava e planejava. Pois aquela menina da década de 90 não podia prever que antes dos 30 ela seria mãe de uma menina linda e arteira, teria conhecido o amor verdadeiro, teria trabalhado com tanta gente bacana e feito amigos tão especiais.
E é por isso e por tantas outras razões que hoje, mesmo não estando em minha melhor fase ou com meu melhor humor, me sinto na obrigação de agradecer a Deus por esses quase-trinta. O tempo me mostrou que a mulher de quase-trinta não tem muito a ver com aquela imagem que eu construía sobre ela há quase 20 anos atrás. De fato, sou mais experiente hoje (e como queria saber o que sei hoje naquela época), já tenho meus cabelos brancos e algumas marcas de expressão que, cá entre nós, acho que chegaram cedo demais, mas to longe de ser alguém que já conquistou tudo e que não tem mais expectativas para o futuro.
Pelo contrário, não quero perder de vista as tantas coisas que eu ainda quero conseguir, os tantos sonhos pra realizar e os medos e barreiras que eu preciso vencer. Se é verdade que a vida da mulher começa aos trinta, espero que nos próximos meses possa gestar essa nova-eu que está para nascer. E que ela traga nos genes a experiência acumulada nos últimos 29 anos, mas traga também o frescor e a esperança de toda vida nova que começa.
Viva a idade nova e salve-se quem puder!
Beijos,
Mari, a quase trintona com corpinho de 28
2 comments
AH Mari.. há 29 anos atrás, uma mulher de 30 anos era considerada velha e sem muita expectativa para o futuro mesmo. Isso veio mudando com o tempo e hoje não tem essa de mulher velha ou nova para fazer alguma coisa. Sempre é tempo de recomeçar, de aprender coisas novas, de encarar novos desafios, viajar, amar, etc.
Amiga… estou com 34 anos e existe vida boa depois dos 30, viu?! hahahahaha
bjo
Raquel
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Amiga, tenho certeza disso! Sorte nossa né, que ainda temos muuuito o que viver, se Deus quiser..haha
Beijos