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Como eu disse na minha última passagem relâmpago aqui pelo blog, estávamos de férias. Ô coisa boa! Viajamos dia 15 para o casamento de uma prima minha em Franca – SP e de lá fomos para a casa dos meus pais, também no interior de São Paulo, onde passamos o Natal. No último final de semana, foi a vez de curtirmos uma semaninha na casa dos pais do Jr, aqui pertinho de Londrina.
Se tem uma palavra que resume essas primeiras “férias” da Clarinha, essa palavra é: PAPARICAÇÃO! Imagina só como ela foi mimada pelas duas famílias, que moram longe (principalmente a minha) e que não podem curtir sempre que podem a figurinha. Foram três semanas de liberdade total para abrir armários, bagunçar a casa toda, ganhar colo quando bem quis e por aí vai.
Lá na casa dos meus pais, ela sofreu um pouco com o calor (juro que a sensação térmica por lá beira os 40 graus todos os dias), o que fez surgiu uma alergia que deixou os braços e as costas da menininha todo empolados. Para refrescar um pouco, tivemos a santa ajuda de uma piscina que montaram no quintal, dessas de plástico mesmo, mas que nos salvaram das tardes de altas temperaturas. Nem preciso dizer que a Clarinha se esbaldou, né?
E pra manter a tradição de todos os anos, também fomos curtir uma “prainha”, como chamamos as praias de água doce que tem lá pelo interior. Reunimos boa parte da família, umas 15 pessoas entre tios, primos e priminhos, e fomos pra Santa Fé do Sul.
Apesar da multidão, o lugar é uma delícia, areia pra brincar, água morna e limpa e…muito protetor solar! Da última vez que estivemos lá, a Clara tinha apenas 3 meses de idade e já curtiu, imagina dessa vez! Pra encerrar o passeio, uma volta pelo centro da cidade, que promove todo ano um espetáculo de luzes e decoração linda de Natal. Naquele dia estava tendo ainda uma apresentação de moda de viola e lá foi a pequena bailarina dançar no meio da plateia, para diversão da família babona e de todos que passavam.
Na noite de Natal, Clara resolver tirar uma soneca um pouco tarde, por volta das 9 da noite, e já era quase meia noite quando ela acordou, ainda meio enjoadinha. Mas depois de um tempo, se soltou e aproveitou a reunião familiar, indo dormir novamente depois da 1 hora da manhã.
Na sexta, dia 28, pegamos a estrada para passar o Réveillon na companhia da família do maridón. Acho que já comentei que eles moram em uma espécie de sítio, né? Com direito a galinha (muitas), pato, marreco, boi, cavalo, passarinhos, cachorros e todo tipo de inseto (inseto = a parte que a mamãe aqui não curte).
Pena que choveu todo dia, deixando o gramado encharcado e impossibilitando nossos passeios pelo campo.
Mas por lá também teve muito paparico e mimo. E como a Clara gosta de ser o centro das atenções! E ela sabe bem quando o é! Faz gracinha, dá risada, dança e rodopia, grita, canta e….faz birra também! E nessas horas tinha sempre alguém pra fazer as vontades dela e deixar a mamãe aqui sem moral nenhuma. É como dizem: Casa de vó, paraíso dos netos. A Clara soube aproveitar isso muito bem.
No dia 31, ela dormiu pouco a tarde e mais uma vez, ficou com sono a noite. Como iria ter festa na cidade (e o maridón era um dos responsáveis pela queima de fogos oficial), adiantamos a ceia, jantamos e fomos ver a virada lá na avenida principal. Clara chegou enjoadinha pra festa, com cara de poucos amigos, só querendo o meu colo. Nem com a Rose, a babá dela que também mora em Sapopema, ela quis ir. Na hora dos fogos de artifício, ela, que não costuma se assustar com nada, chorou e teve que ser levada pela vovó pra dentro da casa de uns amigos nossos.
No fim, nossa pequena grande família iniciou o ano separada: papai cuidando da queima de fogos, mamãe filmando pro papai ver depois e a pequena chorando no colo da vovó, o que me deixou um tanto quanto frustrada. Não teve abraço de Feliz Ano Novo, não teve pensamentos positivos para o próximo ano (na hora, depois teve), não teve nem minha simpatia de pular de alguma coisa no chão com o pé direito assim que a contagem regressiva termina.
Minutinhos depois eu corri pra socorrer a Clarinha, que depois que veio no meu colo se acalmou e aproveitou um pouquinho da festa, mas nem de longe com a alegria e a animação que lhe são de costume. Enfim, não foi exatamente como eu queria que fosse, mas nem sempre isso é possível, né? O negócio é pensar que temos o “restante” todo do ano pra fazer dele um ano incrível.
Antes da 1 hora da manhã, meus sogros foram embora e levaram a Clara, que já dormia no ombro do pai. Ficamos por lá até umas 3 horas e fomos embora também, pois logo cedo tínhamos compromisso: a mãe do Junior ia tomar posse do seu segundo mandato como prefeita na cidade deles. Curioso é que naquele dia de manhã a Clara não queria desgrudar da vovó. Enquanto ela discursava e participava de toda a cerimônia, a Clara apontava pra vovó e esticava os braços querendo ir no colo dela.Tive que levá-la lá pra fora por um tempo porque ela começou a subir o tom da voz e chamar a atenção de todo mundo.
Nos dias seguintes a farra continuou e, por sorte, dois dias antes de irmos embora a chuva finalmente deu uma trégua e a pequena pode correr livre pelo campo, perseguindo as galinhas, procurando formiga e se divertindo ao ar livre.
Agora estamos aqui, de volta em casa, arrumando um pouco da bagunça e preparando corpo e mente pra voltar à rotina amanhã. Posso falar? Precisaria de umas férias pra descansar das férias. Cuidar da Clara 24 horas por dia, principalmente na casa dos outros, onde muita coisa é proibida e ela quer mexer em todas elas, cansa. Tinha me esquecido como era ser “mãe em tempo integral” por tanto tempo, mas apesar do cansaço, foi uma delícia. Percebo que a pequena está muito mais grudada em mim e até mais dependente da mamãe do que antes, talvez por querer estar perto mesmo. Com certeza foi uma ótima oportunidade pra nos aproximar ainda mais e pra curtir essa fase que, como as outras, passa tão rápido.
Vamos ver como vão ser estes primeiros dias de readaptação da rotina, espero que seja mais difícil pra mim do que pra ela.
Beijos e me perdoem pelo post tããão longo! Ainda ficaram algumas coisas pra trás, mas conto nos próximos textos.